Marabaixo, Boi-Bumbá, Festas Religiosas...as riquezas do folclore amapaense
Assim como em todas as cidades da Amazônia, no Amapá o folclore é forte e possui diversas influências: indígenas ou africanas e até religiosas. Boi-Bumbá, Marabaixo e a Festa de São Tião são algumas das festas que fazem parte da cultura amapaense.
Ao longo do ano, são realizados eventos na capital do Estado e no interior que valorizam e ajudam a preservar as tradições do folclore local. Conheça agora as Principais manifestações realizadas no Amapá.
Boi-Bumbá
O Boi-Bumbá é uma tradição muito comum no Norte do Brasil, especialmente nos Estados da Amazônia.
As pessoas vestem fantasias e dançam para contar a história do boi que ressuscita graças à intervenção do pajé, feiticeiro dos índios.
A festa conta a história de uma mulher grávida que tem o desejo de comer a carne do boi preferido do patrão do marido dela.
O marido, para satisfazer a vontade da esposa, mata o animal, mas o dono descobre.
Inconformado com a morte do seu boi preferido, o patrão ordena ao peão que dê um jeito de trazer de volta o animal vivo.
O homem então pede ajuda ao pajé. Quando a mágica acontece, todos dançam alegremente em volta do boi.
A festa é em homenagem ao Divino Espírito Santo e foi criada pelos escravos negros que foram trazidos para Macapá no século XVIII para construir a Fortaleza de São José.
A tradição do Marabaixo foi passada pelos escravos aos seus descendentes que vivem na Vila de Curiaú, a 8 km de Macapá, e também aos municípios de Mazagão Velho, em Mazagão, e Macapá, porém, apenas na capital amapaense, o Marabaixo sobrevive com grande parte de suas características originais.
Em Mazagão Velho, por exemplo, ele desapareceu completamente. Na Vila de Curiaú, ainda se dança o Marabaixo por ocasião da festa em louvor à Santa Maria, no fim de maio.
A transformação que a festa sofreu ao longo tempo, deve-se - de acordo com os estudiosos -, a variáveis como urbanização, a modernização e a migração rural.
O marido, para satisfazer a vontade da esposa, mata o animal, mas o dono descobre.
Inconformado com a morte do seu boi preferido, o patrão ordena ao peão que dê um jeito de trazer de volta o animal vivo.
O homem então pede ajuda ao pajé. Quando a mágica acontece, todos dançam alegremente em volta do boi.
Marabaixo
A festa é em homenagem ao Divino Espírito Santo e foi criada pelos escravos negros que foram trazidos para Macapá no século XVIII para construir a Fortaleza de São José.
A tradição do Marabaixo foi passada pelos escravos aos seus descendentes que vivem na Vila de Curiaú, a 8 km de Macapá, e também aos municípios de Mazagão Velho, em Mazagão, e Macapá, porém, apenas na capital amapaense, o Marabaixo sobrevive com grande parte de suas características originais.
Em Mazagão Velho, por exemplo, ele desapareceu completamente. Na Vila de Curiaú, ainda se dança o Marabaixo por ocasião da festa em louvor à Santa Maria, no fim de maio.
A transformação que a festa sofreu ao longo tempo, deve-se - de acordo com os estudiosos -, a variáveis como urbanização, a modernização e a migração rural.
A festa do Marabaixo começa no domingo de Páscoa e dura meses. O ponto alto da festa, por exemplo, acontece no começo de novembro, com o Encontro dos Tambores, em Macapá.
Durante quatro dias, as pessoas cantam e dançam o marabaixo. Para garantir a energia dos dançarinos, é servido uma bebida chamada de gengibirra, que é feita de gengibre ralado, cachaça e açúcar.
DATAS PRINCIPAIS DO MARABAIXO:
Domingo de Páscoa:
- Começa com uma missa na Igreja de São Benedito, no bairro do Laguinho, no município de Macapá.
Dança-se o Marabaixo pela manhã e à tarde na casa do festeiro.
Dança-se o Marabaixo pela manhã e à tarde na casa do festeiro.
Cortação do Mastro:
- É feita a "Cortação do Mastro" cinco semanas após a Páscoa, no sábado, nos arredores da cidade.
É deixado nas proximidades da casa do festeiro, como preparação para o dia seguinte.
É deixado nas proximidades da casa do festeiro, como preparação para o dia seguinte.
Domingo do Mastro:
- Os participantes deslocam-se até o lugar onde está o mastro, dançando, cantando e soltando foguetes, com a bandeira do Divino e da Santíssima Trindade.
Em seguida, apanham o mastro e o levam para a casa do festeiro, onde será guardado.
Em seguida, apanham o mastro e o levam para a casa do festeiro, onde será guardado.
Quarta-feira de Murta:
- Na primeira Quarta-feira, depois do domingo do mastro, à tarde, os participantes vão "tirar a murta" às cercanias da cidade, levando a bandeira vermelha do Espírito Santo e voltam pelo mesmo itinerário, guardando a murta para enfeitar o mastro no outro dia.
Quinta-feira da Hora:
- Pela manhã, depois que cavam e enfeitam o mastro do divino com os galhos da murta e a bandeira em sua extremidade , há a "Levantação do Mastro".
Dançam o Marabaixo até tarde. A partir desta data, durante 18 dias, são rezadas ladainhas em homenagem ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade, na casa do festeiro, em frente a um altar ornado com fitas, velas e ricas e seculares coroas de prata do Espírito Santo.
Dançam o Marabaixo até tarde. A partir desta data, durante 18 dias, são rezadas ladainhas em homenagem ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade, na casa do festeiro, em frente a um altar ornado com fitas, velas e ricas e seculares coroas de prata do Espírito Santo.
À noite, depois da ladainha, é realizada uma festa para os participantes e convidados.
Sábado do Divino Espírito Santo:
- Nove dias após a Quinta-feira da Hora é realizada uma festa dançante, à noite, para participantes e convidadas na casa do festeiro.
Domingo do Divino Espírito Santo:
- Dança-se o Marabaixo nesse Domingo e as ladainhas continuam sendo revezada durante mais uma semana.
Sábado da Trindade:
- Festa dançante para participantes e convidados na casa do festeiro.
Domingo da Trindade:
- Há missa pela manhã na Igreja do bairro.
Á tarde há a "quebra da murta". Os participantes saem pelas ruas dançando, cantando e soltando foguetes, desta vez empunhando a bandeira da Santíssima Trindade.
À noite, rezam a última ladainha em louvar à Santíssima. Seguindo-se a realização do baile, que só termina na Segunda-feira do Mastro.
Á tarde há a "quebra da murta". Os participantes saem pelas ruas dançando, cantando e soltando foguetes, desta vez empunhando a bandeira da Santíssima Trindade.
À noite, rezam a última ladainha em louvar à Santíssima. Seguindo-se a realização do baile, que só termina na Segunda-feira do Mastro.
Segunda-feira do Mastro:
- A partir das 6 horas, os participantes cavam um buraco em frente da casa do festeiro, enfeitam o segundo mastro de murta, este da Santíssima, e fazem a "Levantação" ao lado do mastro do Divino.
Após levantado o mastro, inicia-se a dança do Marabaixo até às 12 horas. Só reiniciando no Domingo do Senhor.
Após levantado o mastro, inicia-se a dança do Marabaixo até às 12 horas. Só reiniciando no Domingo do Senhor.
Domingo do Senhor:
- Este é o último dia do ciclo anual do Marabaixo. Os participantes dançam até às 18 horas, quando param para fazer a "Derrubada do Mastro" (os dois), em seguida recomeçam a dança, até tarde da noite.
Festa de São Tiago:
A festa é realizada entre os dias 16 e 28 de julho, na Vila de Mazagão Velho, situada a 29 km de Mazagão, distante a 65 km de Macapá, às margens do Rio Mutuacá.
A Vila foi fundada em 1770, com objetivo de abrigar 163 famílias de colonos lusos vindos da Mauritânia (Costa Africana) em decorrência dos conflitos políticos - religiosos entre Portugueses e Muçulmanos que ainda por lá perduravam.
A Vila foi fundada em 1770, com objetivo de abrigar 163 famílias de colonos lusos vindos da Mauritânia (Costa Africana) em decorrência dos conflitos políticos - religiosos entre Portugueses e Muçulmanos que ainda por lá perduravam.
Através da festa, eles revivem as batalhas em que cristãos e muçulmanos travaram no Continente Negro.
A festa então tem sua origem ligada a lenda que conta o aparecimento de São Tiago como anônimo que lutou heroicamente contra os mouros.
Ela enfoca personagens interessantes como: São Tiago, São Jorge, Rei Caldeira, Atalaia e outros.
A festa então tem sua origem ligada a lenda que conta o aparecimento de São Tiago como anônimo que lutou heroicamente contra os mouros.
Ela enfoca personagens interessantes como: São Tiago, São Jorge, Rei Caldeira, Atalaia e outros.
Acesso:
Município de Mazagão
Rodoviário - Transporte Alternativo
Fluvial - Travessia dos rios, horário da balsa: Manhã - 06h00 às 12h00; Tarde - 13h30 às 19h30 e Noite: 20h30 às 22h00
Localização: Macapá para o Município de Mazagão (29 km) - de Mazagão à Vila de Mazagão Velho, distante 29 km, pela AP- 010.
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